Os momentos mais inesquecíveis com ela, foram quando eu a vi chorar.
A primeira vez que eu a vi, estava chorando. E estava lindamente triste.
Talvez por isso eu a fiz sofrer tanto. Talvez na tentativa de reviver aquele momento.
Então passei a diverti-la, fazê-la rir, e até apelei para cócegas. Rir muito até que as lágrimas caíssem dos teus olhos, e seu rosto ficasse da cor de um brilhante tomate maduro.
Em algumas vezes eu não a vi chorar, mas senti seu choro junto ao meu peito.
Noutras, senti suas lagrimas me molhar enquanto velava meu corpo em uma cama de hospital.
Em alguns momentos ela se recolhia a chorar sozinha, me privando daquela visão.
Seus choros eram diferentes para cada ocasião. Forte e incontido nos momentos em que fazia a típica tempestade em copo d’água, silencioso e reprimido quando a dor sufocava seu peito.
Acho que o choro mais marcante foi quando fechei aquela porta entre nós para sempre. E para sempre a lembrança daquele rosto marejado, desaparecendo pela fresta cada vez menor da porta a se fechar, irá me assombrar.
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