quarta-feira, 6 de julho de 2011

Enganos




triiiinnnn... triiiiinnnn...

tocou o telefone

Minha angustia foi enorme. Corri a atender.

No caminho um copo foi ao chão.

Pisei no rabo do cachorro.

E só mais tarde, com o cheiro de queimado, descobriria que esquecera o leite a ferver.

Minha ansiedade era impossível de conter quando tirei o fone do gancho.

- Alô? - consegui dizer com uma voz comovida.

- Alo! - respondeu a voz do outro lado da linha - O Felisberto está?

- Não tem ninguém com esse nome aqui! - respondi quase sem animo para escuta-la dizer que era engano.

Pousei o fone no aparelho

Abri a janela

E olhei para o mundo alí do meu 18º andar, pensei com meus botões:

Maldito Felisberto!

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