quinta-feira, 4 de agosto de 2011

perdida

Ela parou diante do jardim iluminado pelas luzes que irradiavam pelas janelas da casa.
Pela porta aberta ela ouvia o som alto da festa onde uma voz cantava:
"...quando você fala, tão apaixonada
meu amor eu sempre estarei contigo
olho nos seus olhos, me emociono e choro
sei que é mentira, mas me sinto vivo
mesmo sendo falso o ar, sinto que respiro"
O resto da música ela não foi capaz de ouvir.
Seu corpo, sob o comando de sua mente tumultuada, já estava longe.
Tinha que correr...
Sair daquele lugar.
Simplesmente não seria capaz de encara-lo novamente. Não seria capaz de fingir amá-lo. Ele não mereceria algo assim.
Também não teria coragem de lhe dizer a verdade.
Secando seu rosto molhado ela procurava acalmar sua alma e seus pensamentos enquanto corria pela noite escura.
Aos poucos foi deixando sua mente livre. Aos poucos percebeu que teria que resolver um problema de cada vez.
Iria começar descobrindo que lugar era aquele onde estava... estava perdida.

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