Eu sempre ouvi dizer que a esperança é verde.
Em todos os lugares do mundo isso pode ser verdade. Mas de onde eu venho, a esperança tem outra cor.
Em uma certa época do ano, quando o sol castiga e a chuva desaparece, os campos verdes secam e tudo em volta se pinta de tons tristes. A terra fica com um aspecto desolador, marron, cinza e palha. O clima quente castiga tudo anda ou se arrasta sobre a terra. É como se a mãe terra se vingasse dos filhos ingratos que consumiram suas arvores e rios.
O homem olha para o céu e não consegue ver cores em um futuro que parece não chegar. Anda, procura, e tudo o que vê o desanima. Fica a impressão que o mundo está chegando ao fim.
Mas de onde eu venho a esperança é amarela. Ela desabrocha no alto da copa das grandes árvores solitárias que o homem não derrubou.
É como se a terra ofertasse um buque de flores de um amarelo vivo aos céus, demonstrando seu respeito, e sua gratidão.
Perdido em dias tristes e secos, a visão destas estrelas em meio a terra devastada, reforça minha esperança em dias melhores.
Daqui a poucos dias as flores amarelas irão ao chão. Mas este suspiro é suficiente para renovar as forças até que as chuvas retornem trazendo o verde de volta.
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