Quantas vezes eu já quis.
Quantas vezes eu já me deixei querer.
Então hoje eu descubro que não sabia querer. E certamente talvez ainda não saiba.
Porque o querer é uma arma poderosa e como todo poder, movimenta muitas de nossas energias. A faculdade de querer é capaz de mudar o homem e tudo que o cerca.
Quando eu era mais jovem, alimentei a certeza de que ninguém tem a obrigação de saber o que quer. Mas precisa saber o que não quer. E hoje percebo o quanto eu estava errado.
Percebo então, que muitos dos meus erros ocorreram por decisões que
foram tomadas baseadas em um querer mal direcionado. E o querer
equivocado nos leva a sofrer desnecessariamente. A gente perde forças e energias que deveriam ser bem direcionadas, mas acabamos desgastando-as com objetivos tão fúteis, tão mesquinhos.
É como estar diante de um muro e querer atravessá-lo. Gastamos tanta força querendo derrubar o muro no lugar de procurar saltá-lo, contorná-lo, encontrar outra meio de chegar ao outro lado. E esse é o nosso problema. Queremos vencer o muro enquanto deveríamos querer estar do outro lado. Enquanto o muro for nosso foco, o verdadeiro objetivo nunca será atingido, e iremos nos desgastar.
Atualmente eu percebo que o querer
próprio, o meu querer... é irrisório, mesquinho, imperceptível aos olhos
da vida que na maioria das vezes desconhece de grande parte das minhas
aspirações pessoais. Quando não alcançadas então, aí sim ela se torna mais indiferente ao meu sofrer e à minha dor.
Aprender a querer, é voltar minha vontade e meus pensamentos para objetivos maiores, superiores, que me elevem a um estado melhor do que este no qual me encontro.
Sempre que eu busco por coisas boas, coisas grandes, transcendentes, completas, eu elevo minhas intenções ao mesmo nível destes objetivos. Consequentemente, o querer alguém deve seguir os mesmos princípios.
Sempre que eu busco por coisas boas, coisas grandes, transcendentes, completas, eu elevo minhas intenções ao mesmo nível destes objetivos. Consequentemente, o querer alguém deve seguir os mesmos princípios.
Só então eu percebo o obvio.
Não importa o meu querer ou o seu querer.
Não importa o meu querer ou o seu querer.
O que importa é querer bem.
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