Já fazia mais de duas horas que eu estava a te esperar.
O tempo passava e nada.
A chuva que caiu forte no início agora não passava de uma pequena garoa que deixava o clima molhado por mais tempo.
As nuvens baixas refletiam as luzes da cidade. E por um momento tive a sensação de que aquilo era um Dejavú.
A cidade já dormia.
De vez em quando algum carro quebrava a monotonia da noite, e passava bem devagar por entre as poças da rua mal iluminada.
Você sempre foi muito pontual. E algo me dizia que as coisas poderiam ter saído diferente do que havíamos combinado.
Por um instante observei uma silhueta por entre as marquises do lado oposto da rua. E ela me fez lembrar você.
Corri em direção à aquele vulto. Mas ele se distanciava mais rápido que eu.
Era como se eu estivesse em um pesadelo.
Eu te gritava, mas você não me ouvia.
E num momento específico percebi que não conseguia me mover e minha voz não saía.
O pior de um pesadelo é quando você descobre estar acordado.
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