terça-feira, 1 de novembro de 2011

FAZENDO AS PAZES COM O CUPIDO

Hoje decidi fazer as pazes com o Cupido.

Sim... Percebi que por pior que tenham sido as consequências, pior seria se eu não tivesse tentado.
Quantas pessoas não passam por este mundo sem ter conhecido o doce sabor de uma paixão?
A angustia da espera por um telefonema, seguido da alegria incontrolável que toma conta do ser quando aquele telefone toca.
Quantas pessoas irão deixar essa vida sem olhar... nos olhos de alguém tal qual o ladrão fita o mais belo dos diamantes. Sentir desejo de desejar e ser desejado.
Se preparar para dizer tudo o que se sente e quando chegar a hora gaguejar diante da pessoa amada. Ficar mudo. Dizer besteira. E ainda assim ficar feliz ao receber como resposta um simples "Oi" seguido de um sorriso como merecimento pelo seu esforço.
Quantas pessoas envelhecem serenas e sentradas, mas dariam tudo para terem se sentido bobas e idiotas, por terem sonhado, acreditado, arriscado, apostado mais alto do que poderiam pagar.
Nenhum sofrimento poderia ser maior que a incerteza, a dúvida e o arrependimento de não ter tentado. De não ter histórias para contar ou relembrar.
A lembrança de um olhar, um sorrizo, um cheiro, um toque, um momento, um instante, uma possibilidade.
As paixões, todas, desde as mais arrebatadoras e exageradas como aquela cantada pelo Cazuza, até as mais platônicas, puras e singelas como a do Charlie Brown pela Garotinha ruiva. Todas nos fazem sentir que estamos vivos, ou nos fazem recordar que um dia vivemos.
Que vivemos bem.
Que vivemos intensamente.
Que vivemos plenamente os momentos que chamamos de Felicidade.
Não se sinta culpado se você amou demais. Você não pode ter culpa em ter mais sorte que os outros.
Não se sinta culpado por ter dito "Eu te amo" várias vezes, quando naqueles momentos aquelas palavras foram ditas (ou gritadas) pelo seu coração.
Depois destas reflexões, fiz as pazes com o cupido... Aceitei a sina e resolvi me deixar apaixonar mais uma vez, e outra, e outra... até o amor chegar para ficar.

(FELDON)

Nenhum comentário: