08.03.2009 - Hoje faz um ano que deixei a segurança dos portos amigos para me aventurar por oceanos desconhecidos. Neste espaço de tempo, muita coisa aconteceu à bordo desta nau chamada Destino. Por diversas vezes me recordo das lágrimas de Sua Majestade, e sou obrigado a esquecer nosso ultimo encontro. A contensão às várias tentativas de motins por parte da tripulação e a peste que assolou o navio custou a vida de homens valorosos e importantes. Nossos suprimentos estão chegando ao fim, e o pescado tem sido cada vez mais raro. Mas nada tem me preocupado tanto quanto este nevoeiro. Nunca em toda a minha vida de marinheiro me deparei com algo assim. É tão denso que não conseguimos ver nada além de poucos metros à nossa frente. E já não podemos distinguir a noite do dia.
Ouço alguns velhos marujos comentarem que já devemos estar todos mortos mas ainda não percebemos. Outros, olham assustados para estibordo à espera do Holandes Voador.
Ainda não vejo o Sol. Mas sei que por trás do nevoeiro, ele está lá em algum lugar. Ainda sinto o seu calor. Ou será que é só uma lembrança dos tempos que já se foram?
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