Durante a tempestade, no furor dos ventos e trovões, quando a escuridão reina dominante, afogando a esperança em um mar de desastres, o medo pinta de cinza o coração do melhor dos homens.
Independende do Deus que lhe protege, ele se sente sozinho naquele momento, e sente medo.
Medo de que a escuridão nunca acabe.
Medo de que o sol não brilhe amanha.
Medo de que nada voltará a ser como antes.
Uma sucessão de acontecimentos ruins vão aumentando a cada instante, e parece não ter fim.
E quando pensamos que nada pode piorar... algo pior acontece.
Durante a tempestade o melhor dos homens precisa tão somente sobreviver.
Quando a morte não o alcança, ele ganha tempo.
E o tempo é o balsamo restaurador de todas as feridas.
Cicatrizes ficam, mas flores e a falta de memória que o tempo acarreta se encarregam delas.
Depois que a tempestade passa, olhamos em volta e nos horrorizamos com a devastação.
Nestes primeiros instantes, ainda carregamos dentro de nós um pouco do medo que sentimos durante a tormenta.
Mas surgem alguns primeiros sinais.
Os trovões silenciam. O vento deixa de soprar. Os primeiros raios do sol tocam seu rosto.
Depois da tempestade, o homem ao se deparar com estes sinais, olha para dentro de sí e para o Céu... naquele momento ele sente vergonha de, pelo menos naqueles instantes, ter perdido a esperança.
Respira fundo e reconhece que não há nada melhor que um dia após o outro.
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